quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O que poderia ter sido

Você já se perguntou o que pode mudar a vida de uma pessoa completamente? Até que ponto podemos mudar o rumo de nossas vidas?

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Havia um menino, que morava, com seus pais e três irmãos mais novos. Seu nome era João. João vivia numa casa muito pequena, seu pai bebia muito e quando chegava à noite batia nele, nos irmãos e na mãe, se caso fosse defendê-los. No começo ela sempre os defendia, mas à medida que eles foram crescendo, começou a achar que eles já eram grandinhos o suficiente para defenderem a si mesmos. João não entendia o porquê de seu pai o bater e o de sua mãe não o defender.

Com o passar do tempo, João começou a entender exatamente o que seus pais haviam lhe ensinado: a vida é como uma selva. Vence o mais forte, tendo que aprender a defender-se sozinho. Não ligava para os estudos, muito pelo contrário, aprontava de todas na escola onde estudava. Não tinha medo nem da diretora. Juntou-se com os garotos mais velhos, de maioridade, inclusive. Começou a roubar. Viciou-se nas drogas e numa de suas noites drogado, chegou em casa e seu pai estava batendo no seu irmão mais novo. Ele parou, por um momento, para insultar João, chamando-o de drogado, ladrão, bandido... João, porém começara a andar armado.



Preciso falar mais alguma coisa? De um lado a ignorância e do outro lado intolerância. Atitudes mais escolhas erradas é igual a um resultado nada bom.

Bom, vou precisar falar sim. Pois João não começou a roubar, não entrou para o mundo das drogas. Ele conheceu outro mundo: o da leitura. 
João gostava muito descrever. Só que na sua casa não havia nenhum livro – nem a Bíblia. Seu refúgio, então era a escassa biblioteca de sua escola. Primeiramente, seu interesse eram as histórias fictícias, de lutas, batalhas, heróis e vilões. Só que sua paixão pelas palavras ganhou maiores proporções, lia de um tudo: português, história, biologia. João cresceu e se tornou um grande escritor. Seu pai morreu no ano de sua formatura no curso de letras. João, á medida que ia se tornando um homem, não havia deixado seu pai encostar um dedo em nenhuma das pessoas que ele amava. Sua mãe não havia mudado muito. Apesar de tudo, ela sempre esteve ali, para ajudá-lo a concluir seu curso. Seus irmãos viam nele um exemplo a ser seguido. João não tivera muita sorte ao nascer (onde nascera), mas isso nunca foi desculpa para torná-lo amargo ou fazê-lo optar por caminhos errados.

Dois caminhos, dois rumos diferentes, duas realidades distintas. O primeiro levaria João à cadeia ou ao cemitério. Seus irmãos também não teriam destinos diferentes. Seu pai, não teria morrido de morte ‘morrida’. Provavelmente muitos garotos teriam comprado as drogas revendidas por João – obviamente, isso não impede de outros o fazerem. Mas isso mostra que do mesmo jeito que João escolheu o caminho certo, outros também podem fazer.

E assim como os livros, as palavras, mudaram a vida de João. Os livros, as palavras de João podem mudar o rumo de muitas outras vidas. E não é só escrevendo um livro que podemos mudar as pessoas, deixar uma gota no oceano. Ajudando aos que precisam, dando um abraço sincero, dando um bom dia, ouvindo os outros, sendo pacientes com os idosos e crianças. Com um simples gesto, podemos mudar o mundo. Cada atitude no presente é um tijolo do futuro. E uma vida pode SIM influenciar e até mudar outras.

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