terça-feira, 3 de novembro de 2015

"La música no se toca", mas é algo bem próximo disso

"Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música". (Aldous Huxley)

Música é pra sonhar. Música acalma, dá paz para a alma. É alegria em acordes e letras. É fantasia e vida real. Marca épocas, mas também eterniza momentos - sorrisos, lágrimas, tristeza, saudade, solidão, insônia, aniversário, casamento. Enfim, inúmeros estados de espíritos e sentimentos. 

É através da música que compartilhamos uma ideologia, que temos a certeza de que o tempo não paraMúsica é para compartilhar timidez também, por que não? Para refletir sobre essa geração coca-cola ou como há tempos deixamos de ser seres humanos e nos tornamos pessoas vingativas. Que país é este?

"Meu coração é de paz e não aguenta mais violência!" ♫♫ :(

Mas é também através da música que conhecemos personagens que irão nos marcar para toda a vida. Como esquecer o Faroeste Caboclo formado por João de Santo Cristo, Maria Lúcia e (o filho da puta do) Jeremias? Como não torcer - antes mesmo de a música acabar - pelo final feliz de Eduardo e Mônica?

Música é também para falar sobre comida - siiiiiim, lógico que sim. Afinal, não é proibido falar e pensar em "jujuba, bananada, pipoca, cocada, queijadinha, sorvete, chiclete" e muitos chocolates, hein? (mesmo que, infelizmente, essas delícias fiquem só nas canções).

Quando estamos tristes, felizes ou chateados, a música é o som e a letra que nos embala. Que nos livra da loucura, do estresse do dia a dia. É quem nos acompanha naquele trânsito horroroso no ônibus ou dentro do carro. A música é aquela sensação de liberdade que nos faz dançar como se fosse a última ou a primeira vez. 

Música não tem língua, apenas derivações - e eu amo todas elas (português, espanhol, inglês, francês, italiano, etc.). 

Posso passar horas falando sobre o poder que a música tem, sobre o que ela nos faz sentir, mas descrevê-la? Não sou capaz. Nem acho que nenhuma outra pessoa seja. Huxley, talvez, tenha chegado bem próximo.

Por Marayane Ribeiro

domingo, 1 de novembro de 2015

Simplesmente Acontece: um filme para refletir sobre nossas escolhas

Cena de Simplesmente Acontece (Love, Rosie)
"Por que deixamos de acreditar em nós mesmos? Por que permitimos que os acontecimentos ou os números ou qualquer outra coisa, além dos nossos sonhos, governem a nossa vida?" (Filme Simplesmente Acontece, originalmente Love, Rosie). 

A frase é de um filme clichêzinho, mas bem legal. Assisti ele e, no final, meus pensamentos estavam como uma rosa dos ventos (várias flechinhas apontando para diferentes direções).

O filme conta a história de Rosie e Alex - mais de Rosie do que de Alex. Rosie é uma adolescente de 18 anos, no auge de suas dúvidas. Alex é seu melhor amigo, ou pelo menos ela insiste em se enganar e pensar assim. Por não admitir para si mesma o amor que sente por Alex, Rosie se mete numa enrascada: perde sua virgindade com um rapaz que nem sequer gosta (por puro despeito) e acaba engravidando.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Amar e outros verbos

Fonte da imagem: vanessaferreira.com
Para muitos amar é o principal em um relacionamento. Mas talvez outros verbos sejam tão importantes quanto. O verbo respeitar, por exemplo, é tão extasiante. Como cada ser humano tem sua forma de demonstrar o amor, um pai ou mãe, por exemplo, pode amar um filho mesmo sendo uma pessoa muito ignorante. Então, o verbo respeitar é importantíssimo para manter os laços de carinho entre as pessoas.

Já o verbo orgulhar é fundamental para trocar sorrisos "bobos". Quando eu digo bobos, não me refiro apenas àqueles sorrisos compartilhados por uma promoção recebida, mas principalmente por gentilezas praticadas no dia a dia. Orgulho a gente tem por quem faz por merecer, quem luta e defende um ideal bravamente, quem não julga o seu próximo tão facilmente - afinal, é muito difícil encontrar um ser humano que em dado momento não tenha julgado o outro -, por uma explicação dada sobre algum assunto novo para alguém. "Oh, como você é inteligente". São coisas simples que nos fazem ter orgulho de pessoas que amamos.

E o verbo apaziguar, hein? Que verbo lindo, suculento, chique até. Podemos associá-lo com os substantivos paz e paciência, que, unidos, podem ser responsáveis por histórias cativantes. Desta vez, pergunto: existe amor sem paz e paciência? Mesmo entre pessoas de personalidade forte, a paciência se faz necessária pois nada dura tanto tempo sem um meio termo, não é?

Por último, e não menos importante, o verbo brigar. Sim!!! Não foi o teclado. Digitei mesmo brigar. Verbo forte, perigoso e incrivelmente atraente. Mas o que mais me chama atenção neste verbo é o pós-briga. O que é melhor, num relacionamento amoroso, por exemplo, do que uma explosiva conciliação?! Obviamente que o sentido da briga, neste caso, é justamente o fim dela.

Como diria minha avó, "amor não enche barriga de ninguém". Eu concordo com ela. Mas não exatamente no sentido em que ela utilizou essa expressão. Amar não é tão importante se não existirem compreensão, orgulho, paciência e, nos casos de relacionamentos amorosos, muito tesão entre ambas as partes.

Por Marayane Ribeiro

terça-feira, 16 de junho de 2015

Tristeza oculta

Imagem extraída do site http://santoprotetor.com

Sabe aquele dia em que você sente uma necessidade gigante de voltar a ser criança e correr para o colo da mãe? Aquele dia em que uma tristeza avassaladora toma conta de você? "Hoje a tristeza é permitida!". Seria mais ou menos assim que Martha Medeiros diria - ou melhor, escreveria. Pois é, hoje meu dia foi uma choradeira só.

Parece que meu sensor emotivo estava só esperando alguém "expelir" um veneninho. Eu estava triste. Talvez triste por nada. Mas, talvez, triste por tudo. Por guardar mágoas, raivas, palavras, lágrimas, opiniões. Talvez triste por ver tantas coisas ruins no dia a dia e não poder fazer nada para mudar isso. Quem sabe a tristeza não é por necessidade do corpo mesmo?! "Olha, como você é tão feliz no resto do mês, vou te fazer chorar hoje. Afinal, chorar é bom pra limpar por dentro". Será?

Bem, não sei. Não sou formada em nenhum curso de saúde para saber se chorar faz bem. Só sei que quando você está triste e está num lugar em que se é "permitido chorar", não há melhor ação do que sentar e deixar as lágrimas rolarem. Digo "permitido" porque, ao te ver chorar, as pessoas vão falar "mas por quê chorar, rir é melhor". Sim, concordo plenamente. Rir como uma retardada é uma das melhores sensações que meu corpo pode ter. Mas é ótimo quando você tem vontade de sorrir.

E quando você não tem? Você finge um sorriso falso no rosto? Só pra dizer que você é feliz? Eu sou feliz. Porém, não sou eternamente alegre. Há dias que meu corpo sequer gostaria de sair da cama. Mas tenho certeza de que a maioria dos seres humanos sentem essa vontade, pelo menos uma vez por semana. Em todos nós, há tristezas ocultas. Tristezas que não impedem que sejamos pessoas felizes.

Por Marayane Ribeiro

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cinquenta tons de "aaah, só tem pornografia" ou "não terminei, mas me falaram isso e não gostei"



Tenho visto muitos comentários negativos e preconceituosos, além de "telefones sem fio" sobre 50 tons de cinza . Todos têm sua opinião e eu respeito. Mas na minha, as pessoas julgam muito as coisas apenas chegando na metade do caminho. Leem o primeiro livro (ou nem sequer o terminam) e já se acham aptas para julgar a história tooooda.

Durante a saga, a autora vai explicando o porquê do Christian ser dominador. A história não é sobre machismo ou feminismo - eu pelo menos não o vejo assim. Vejo um homem que sofreu muito quando criança, sendo maltratado e apanhando bastante. Uma mãe que não tinha condições psicológicas para defender o filho. Isso foi tudo o que ele tinha e tudo o que ele aprendeu.

Os livros - por enquanto só li dois dos três - são justamente uma quebra desse esteriótipo de que mulher é a dominada e o homem o dominador. No primeiro livro Ana sofre bastante, pois Grey surge com contratos, acessórios para causar dor - e não prazer - e uma profunda dor que está marcada em todo o seu corpo e sua alma. Já no segundo, ele começa a entender que sua dor já pode ser deixada de lado para seguir em frente, em busca do amor e de um futuro ao lado de uma mulher linda, independente, forte e doce.