sexta-feira, 26 de junho de 2015

Amar e outros verbos

Fonte da imagem: vanessaferreira.com
Para muitos amar é o principal em um relacionamento. Mas talvez outros verbos sejam tão importantes quanto. O verbo respeitar, por exemplo, é tão extasiante. Como cada ser humano tem sua forma de demonstrar o amor, um pai ou mãe, por exemplo, pode amar um filho mesmo sendo uma pessoa muito ignorante. Então, o verbo respeitar é importantíssimo para manter os laços de carinho entre as pessoas.

Já o verbo orgulhar é fundamental para trocar sorrisos "bobos". Quando eu digo bobos, não me refiro apenas àqueles sorrisos compartilhados por uma promoção recebida, mas principalmente por gentilezas praticadas no dia a dia. Orgulho a gente tem por quem faz por merecer, quem luta e defende um ideal bravamente, quem não julga o seu próximo tão facilmente - afinal, é muito difícil encontrar um ser humano que em dado momento não tenha julgado o outro -, por uma explicação dada sobre algum assunto novo para alguém. "Oh, como você é inteligente". São coisas simples que nos fazem ter orgulho de pessoas que amamos.

E o verbo apaziguar, hein? Que verbo lindo, suculento, chique até. Podemos associá-lo com os substantivos paz e paciência, que, unidos, podem ser responsáveis por histórias cativantes. Desta vez, pergunto: existe amor sem paz e paciência? Mesmo entre pessoas de personalidade forte, a paciência se faz necessária pois nada dura tanto tempo sem um meio termo, não é?

Por último, e não menos importante, o verbo brigar. Sim!!! Não foi o teclado. Digitei mesmo brigar. Verbo forte, perigoso e incrivelmente atraente. Mas o que mais me chama atenção neste verbo é o pós-briga. O que é melhor, num relacionamento amoroso, por exemplo, do que uma explosiva conciliação?! Obviamente que o sentido da briga, neste caso, é justamente o fim dela.

Como diria minha avó, "amor não enche barriga de ninguém". Eu concordo com ela. Mas não exatamente no sentido em que ela utilizou essa expressão. Amar não é tão importante se não existirem compreensão, orgulho, paciência e, nos casos de relacionamentos amorosos, muito tesão entre ambas as partes.

Por Marayane Ribeiro

terça-feira, 16 de junho de 2015

Tristeza oculta

Imagem extraída do site http://santoprotetor.com

Sabe aquele dia em que você sente uma necessidade gigante de voltar a ser criança e correr para o colo da mãe? Aquele dia em que uma tristeza avassaladora toma conta de você? "Hoje a tristeza é permitida!". Seria mais ou menos assim que Martha Medeiros diria - ou melhor, escreveria. Pois é, hoje meu dia foi uma choradeira só.

Parece que meu sensor emotivo estava só esperando alguém "expelir" um veneninho. Eu estava triste. Talvez triste por nada. Mas, talvez, triste por tudo. Por guardar mágoas, raivas, palavras, lágrimas, opiniões. Talvez triste por ver tantas coisas ruins no dia a dia e não poder fazer nada para mudar isso. Quem sabe a tristeza não é por necessidade do corpo mesmo?! "Olha, como você é tão feliz no resto do mês, vou te fazer chorar hoje. Afinal, chorar é bom pra limpar por dentro". Será?

Bem, não sei. Não sou formada em nenhum curso de saúde para saber se chorar faz bem. Só sei que quando você está triste e está num lugar em que se é "permitido chorar", não há melhor ação do que sentar e deixar as lágrimas rolarem. Digo "permitido" porque, ao te ver chorar, as pessoas vão falar "mas por quê chorar, rir é melhor". Sim, concordo plenamente. Rir como uma retardada é uma das melhores sensações que meu corpo pode ter. Mas é ótimo quando você tem vontade de sorrir.

E quando você não tem? Você finge um sorriso falso no rosto? Só pra dizer que você é feliz? Eu sou feliz. Porém, não sou eternamente alegre. Há dias que meu corpo sequer gostaria de sair da cama. Mas tenho certeza de que a maioria dos seres humanos sentem essa vontade, pelo menos uma vez por semana. Em todos nós, há tristezas ocultas. Tristezas que não impedem que sejamos pessoas felizes.

Por Marayane Ribeiro