Você tem duas escolhas: ficar se lamentando por não ter um
pai maravilhoso ou pode estar feliz por ter a melhor das mães. Ou vice versa.
Falar sobre família, em alguns casos é “meter o dedo na
ferida”. Nem todas as crianças e adolescentes tem pai e mãe morando juntos. E
quando eu falo juntos não é apenas dividindo uma casa, e sim dividindo um lar.
Não pense que você é a única pessoa – filho (a) – de pais
separados. Na maioria dos casos, você está tendo uma sorte muito grande por não
ser obrigada (o) a presenciar cenas que não causam bem algum ao ser humano –
principalmente quando esse humano ainda não tem sua personalidade formada. Vá
por mim, você não sabe o quanto doloroso é estar no meio de uma discussão onde
não era para estar.
Quando um casal se une, ambos em um único coração, alma e
corpo, podem estar em busca apenas de prazer, saciar as vontades “mundanas” e
também humanas – o que é super normal. Mas também podem estar procurando outro
tipo de realização, além da sexual. Muitas vezes o casal alcança essa tal
realização, e o relacionamento é condicionado a um bem não só mútuo, como
alcançado e refletido a milhares de quilômetros. Todavia, há encontros e
desencontros na vida, e seus pais podem fazer parte deles. Ninguém está livre disso.
Talvez, algum dos dois tenha mais “culpa no cartório” – ops, que trocadilho sem
graça, mas juro que foi sem querer – mas isso não impede que os respingos atinjam
inocentes. É. Infelizmente não impede.
Mas ninguém está a salvo de acabar em um relacionamento que
não deu certo. Nunca diga “dessa água eu não beberei”. O que nos resta é torcer
os dedos para que a ficha caia antes que mais alguém caia na rede. Contudo, se
você foi o peixinho que caiu na rede, tente não achar que você é o único ou que
a vida é um presente. Clichê? Não sei, mas não faz muito tempo que alguém –
muito importante pra mim – me disse que um dia tudo passa. Esperemos, com a
paciência na maior medida que conseguirmos ter.
Mauks,
A mexileira
A mexileira