segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Porque nós sempre seremos uma... família"






Você tem duas escolhas: ficar se lamentando por não ter um pai maravilhoso ou pode estar feliz por ter a melhor das mães. Ou vice versa.

Falar sobre família, em alguns casos é “meter o dedo na ferida”. Nem todas as crianças e adolescentes tem pai e mãe morando juntos. E quando eu falo juntos não é apenas dividindo uma casa, e sim dividindo um lar.

Não pense que você é a única pessoa – filho (a) – de pais separados. Na maioria dos casos, você está tendo uma sorte muito grande por não ser obrigada (o) a presenciar cenas que não causam bem algum ao ser humano – principalmente quando esse humano ainda não tem sua personalidade formada. Vá por mim, você não sabe o quanto doloroso é estar no meio de uma discussão onde não era para estar.

Quando um casal se une, ambos em um único coração, alma e corpo, podem estar em busca apenas de prazer, saciar as vontades “mundanas” e também humanas – o que é super normal. Mas também podem estar procurando outro tipo de realização, além da sexual. Muitas vezes o casal alcança essa tal realização, e o relacionamento é condicionado a um bem não só mútuo, como alcançado e refletido a milhares de quilômetros. Todavia, há encontros e desencontros na vida, e seus pais podem fazer parte deles. Ninguém está livre disso. Talvez, algum dos dois tenha mais “culpa no cartório” – ops, que trocadilho sem graça, mas juro que foi sem querer – mas isso não impede que os respingos atinjam inocentes. É. Infelizmente não impede.


Mas ninguém está a salvo de acabar em um relacionamento que não deu certo. Nunca diga “dessa água eu não beberei”. O que nos resta é torcer os dedos para que a ficha caia antes que mais alguém caia na rede. Contudo, se você foi o peixinho que caiu na rede, tente não achar que você é o único ou que a vida é um presente. Clichê? Não sei, mas não faz muito tempo que alguém – muito importante pra mim – me disse que um dia tudo passa. Esperemos, com a paciência na maior medida que conseguirmos ter.

Mauks,
A mexileira

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Calma que estou com pressa




Bilhões de seres humanos estão com pressa – 365 dias, 24 horas, 60 minutos, 60 segundos. E muitos desses seres humanos não conseguem parar para “respirar”. Olhar o céu, o mar. Ver o lado bom da vida.
Uma vida corrida, um emprego dos sonhos ou que está mais para um pesadelo. Uma almejada promoção. Muitos dependentes de ônibus e metrô – fato que deixa o dia com a aparência menor que 24 horas. Aliás, o dia tem mesmo 24 horas? Acordar, tomar café, estudar, trabalhar, pegar ônibus, sorrir, ser legal com a família, ser inteligente, ser bonito, ter tempo para o (a) namorado (a), estar atualizado com o futebol – caso você seja homem – ou com a moda – se você for mulher. Tudo isso e mais alguns pontos homens e mulheres “precisam” suprir durante o dia.
Dizem que a pressa é inimiga da perfeição. Mas quem é perfeito?
O que queremos? Uma vida perfeita.
Como a conseguimos? Fazendo mil coisas ao mesmo tempo.
Para quê tanta pressa? Pra chegar onde todos querem chegar.
E onde todos querem chegar? Ao sucesso.
Será que o sucesso vale toda nossa pressa? Muitos dirão que sim, outros optarão pelo não.

Até aqui respostas dadas pelo senso comum. Mas o senso comum deixa de existir no momento em que cada ser humano encontra a si mesmo na sua pressa lógica e desesperada: o que seria o sucesso? Cada um tem sua definição.
O sucesso seria a profissão, a família, ajudar o próximo, se vingar, viajar, ser famoso, encontrar o amor de sua vida, ter poder, ter filhos, ter paz, dinheiro, bons amigos. Todos querem chegar ao sucesso, e a pressa, na maioria das vezes, é essencial para alcança-lo.
Não sei se a pressa é inimiga da perfeição, mas ela, com certeza, não faz sentido.
Quando criança (pelo menos eu cheguei a usar esse meio de transporte) pegamos o velocípede e rumamos ao desconhecido do nosso quarteirão. Ual! Que sensação de liberdade, não? E quando um pouco mais velhos, chega a vez da bicicleta. Andar pelo simples prazer de se mover, ao vento e com o vento.  Todavia, o prazer acaba ai. Porque nos tornamos adultos e lá nos vem a danada da pressa. De moto, estamos com pressa. De carro então...


Hoje já é quinta-feira
E eu já tenho quase 30
Acabou a brincadeira
E aumentou em mim a pressa
De ser tudo o que eu queria
E ter mais tempo pra me exercer


Mas somos tão loucos e ilógicos que talvez a pressa tenha lógica algum dia. Somos assim, não? Desesperados, a espera de que nossa loucura faça algum sentido.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O que poderia ter sido

Você já se perguntou o que pode mudar a vida de uma pessoa completamente? Até que ponto podemos mudar o rumo de nossas vidas?

***
Havia um menino, que morava, com seus pais e três irmãos mais novos. Seu nome era João. João vivia numa casa muito pequena, seu pai bebia muito e quando chegava à noite batia nele, nos irmãos e na mãe, se caso fosse defendê-los. No começo ela sempre os defendia, mas à medida que eles foram crescendo, começou a achar que eles já eram grandinhos o suficiente para defenderem a si mesmos. João não entendia o porquê de seu pai o bater e o de sua mãe não o defender.

Com o passar do tempo, João começou a entender exatamente o que seus pais haviam lhe ensinado: a vida é como uma selva. Vence o mais forte, tendo que aprender a defender-se sozinho. Não ligava para os estudos, muito pelo contrário, aprontava de todas na escola onde estudava. Não tinha medo nem da diretora. Juntou-se com os garotos mais velhos, de maioridade, inclusive. Começou a roubar. Viciou-se nas drogas e numa de suas noites drogado, chegou em casa e seu pai estava batendo no seu irmão mais novo. Ele parou, por um momento, para insultar João, chamando-o de drogado, ladrão, bandido... João, porém começara a andar armado.



Preciso falar mais alguma coisa? De um lado a ignorância e do outro lado intolerância. Atitudes mais escolhas erradas é igual a um resultado nada bom.

Bom, vou precisar falar sim. Pois João não começou a roubar, não entrou para o mundo das drogas. Ele conheceu outro mundo: o da leitura. 
João gostava muito descrever. Só que na sua casa não havia nenhum livro – nem a Bíblia. Seu refúgio, então era a escassa biblioteca de sua escola. Primeiramente, seu interesse eram as histórias fictícias, de lutas, batalhas, heróis e vilões. Só que sua paixão pelas palavras ganhou maiores proporções, lia de um tudo: português, história, biologia. João cresceu e se tornou um grande escritor. Seu pai morreu no ano de sua formatura no curso de letras. João, á medida que ia se tornando um homem, não havia deixado seu pai encostar um dedo em nenhuma das pessoas que ele amava. Sua mãe não havia mudado muito. Apesar de tudo, ela sempre esteve ali, para ajudá-lo a concluir seu curso. Seus irmãos viam nele um exemplo a ser seguido. João não tivera muita sorte ao nascer (onde nascera), mas isso nunca foi desculpa para torná-lo amargo ou fazê-lo optar por caminhos errados.

Dois caminhos, dois rumos diferentes, duas realidades distintas. O primeiro levaria João à cadeia ou ao cemitério. Seus irmãos também não teriam destinos diferentes. Seu pai, não teria morrido de morte ‘morrida’. Provavelmente muitos garotos teriam comprado as drogas revendidas por João – obviamente, isso não impede de outros o fazerem. Mas isso mostra que do mesmo jeito que João escolheu o caminho certo, outros também podem fazer.

E assim como os livros, as palavras, mudaram a vida de João. Os livros, as palavras de João podem mudar o rumo de muitas outras vidas. E não é só escrevendo um livro que podemos mudar as pessoas, deixar uma gota no oceano. Ajudando aos que precisam, dando um abraço sincero, dando um bom dia, ouvindo os outros, sendo pacientes com os idosos e crianças. Com um simples gesto, podemos mudar o mundo. Cada atitude no presente é um tijolo do futuro. E uma vida pode SIM influenciar e até mudar outras.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Os miseráveis (Livro) - Crítica

Quão errado ou criminoso é roubar um pão numa época e num lugar onde só há guerras, tragédias, desumanidade? Onde, tal criminoso é condenado á 19 anos de prisão?


É exatamente esse o enredo de Os miseráveis (Lés Miserábles, obra original de Victor Hugo). Um homem que rouba pão para alimentar a irmã e seus sobrinhos passa a vida toda perseguido por seu passado de ladrão, como está escrito no seu cartão amarelo, “muito perigoso”. Jean Valdjean entra na cadeia com o coração muito apertado. Sai pior. Com raiva do mundo, não sabe nem se tem um coração mais. Seu único motivo de ter roubado foi o de alimentar aos que amava e ninguém lhe dera oportunidade para conseguir honestamente. E nem isso o conseguira, pois fora apanhado e agora que estava livre não sabia o que havia sido feito da irmã e seus sobrinhos.
E ainda pior, carregava consigo, como se fosse parte de sua identidade – na verdade, aquilo agora o definia – um cartãozinho amarelo onde estava escrito: sujeito muito perigoso. Para toda a sociedade, Jean era uma doença, um vírus. Era escorraçado de todos os lugares que chegava. Ninguém estava disposto a sequer lhe dar um lugar para dormir, e aquilo só o deixava com o coração mais duro. Até que uma boa alma o ajuda e transformou seu coração.

A obra é considerada uma obra prima e um grande best-seller. Representado no cinema, no teatro e em todos os tipos de arte. Uma nova versão da história está atualmente nos cinemas de todo o Brasil. Quem nunca leu, ao menos assista. É simplesmente uma daquelas histórias que todos os seres humanos deveriam conhecer. É transformador, encantador...

Miseráveis são todos aqueles que veem e realmente não são capazes de enxergar. Ver é supérfluo, enxergar é real. Miseráveis são os que não perdoam, não dão uma segunda chance, não amam, e isso, caros, é a pior miséria do mundo.