quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Os miseráveis (Livro) - Crítica

Quão errado ou criminoso é roubar um pão numa época e num lugar onde só há guerras, tragédias, desumanidade? Onde, tal criminoso é condenado á 19 anos de prisão?


É exatamente esse o enredo de Os miseráveis (Lés Miserábles, obra original de Victor Hugo). Um homem que rouba pão para alimentar a irmã e seus sobrinhos passa a vida toda perseguido por seu passado de ladrão, como está escrito no seu cartão amarelo, “muito perigoso”. Jean Valdjean entra na cadeia com o coração muito apertado. Sai pior. Com raiva do mundo, não sabe nem se tem um coração mais. Seu único motivo de ter roubado foi o de alimentar aos que amava e ninguém lhe dera oportunidade para conseguir honestamente. E nem isso o conseguira, pois fora apanhado e agora que estava livre não sabia o que havia sido feito da irmã e seus sobrinhos.
E ainda pior, carregava consigo, como se fosse parte de sua identidade – na verdade, aquilo agora o definia – um cartãozinho amarelo onde estava escrito: sujeito muito perigoso. Para toda a sociedade, Jean era uma doença, um vírus. Era escorraçado de todos os lugares que chegava. Ninguém estava disposto a sequer lhe dar um lugar para dormir, e aquilo só o deixava com o coração mais duro. Até que uma boa alma o ajuda e transformou seu coração.

A obra é considerada uma obra prima e um grande best-seller. Representado no cinema, no teatro e em todos os tipos de arte. Uma nova versão da história está atualmente nos cinemas de todo o Brasil. Quem nunca leu, ao menos assista. É simplesmente uma daquelas histórias que todos os seres humanos deveriam conhecer. É transformador, encantador...

Miseráveis são todos aqueles que veem e realmente não são capazes de enxergar. Ver é supérfluo, enxergar é real. Miseráveis são os que não perdoam, não dão uma segunda chance, não amam, e isso, caros, é a pior miséria do mundo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário