quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Como uma criança num parque de diversões


Pouco a pouco avançamos. Avançamos para uma sociedade cada vez mais desumana. Pensamos ou de mais ou de menos. Queremos tudo rápido. Amamos pouco. Julgamos muito. Pouco a pouco nos tornamos medrosos. Um medo pior que quaisquer outros. Com o tempo, adquirimos o medo de sermos nós mesmos por temermos o julgamento alheio. Quando ninguém deveria julgar ninguém já que todos estão e são falhos. Paramos de fazer coisas por prazer pra fazer o que esperam de nós.



Meu pai queria que eu fizesse direito. Que pai não queria? É... pouquíssimos! Eu bati o pé e disse que queria jornalismo. Mas jornalismo não ganha muito. E daí? É o que eu gosto. Amo as palavras. Os seus significados. Adoro vê-las prontinhas, enfileiradas querendo dizer alguma coisa e sendo apreciadas por quem as lê. Acreditam que meu pai queria se meter até nos meus sentimentos? Dizer quem eu devo gostar já é demais. Nossos pais são os primeiros a querer nos dizer o que fazer. E devemos seguir seus conselhos até certo ponto. Eles já passaram por um bocado de coisas que ainda passaremos (nós, jovens). E só desejam que não caíamos nas mesmas armadilhas que eles. Mas isso é impossível. Mesmo que não erremos os erros dos outros, temos nossos próprios, a nossa maneira, a nosso tempo.
De casa vamos para a escola, onde temos que ter as roupas da moda, o tênis maneiro, escutar as músicas que todos estão escutando, namorar porque os amigos estão namorando, etc. etc. Quantas coisas deixamos de fazer por que nos dizem que não é “certo”? Isso me lembra um trecho de uma canção “Prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.  Prefiro ser rotulada, blablabla... Todos tem um defeito na ponta da língua pra seu próximo. Realmente me irrita esse dom/necessidade que alguns tem de colocar os outros pra baixo e só assim se sentirem “completos”. Por isso é sempre melhor ter a mente aberta e não se deixar ser enganado por esses ladrões da alegria alheia. Como diz a Pitty, seja sempre você. Bizarro ou não, tem sempre alguém que vai gostar de você do jeitinho que é. Ame muito. Julgue nada ou quase nada. Saiba ver quando alguém está querendo te dar um toque ou um empurrão. Não tenha pressa, pois em quantidade excessiva, você acaba se transformando refém dela. Busque sorrisos em coisas simples e não espere coisas grandes para se sentir feliz. Seja como uma criança no parque de diversão. No final você percebe que uma coisa grande é aquilo que te faz bem. E só.