sábado, 14 de fevereiro de 2015

Cinquenta tons de "aaah, só tem pornografia" ou "não terminei, mas me falaram isso e não gostei"



Tenho visto muitos comentários negativos e preconceituosos, além de "telefones sem fio" sobre 50 tons de cinza . Todos têm sua opinião e eu respeito. Mas na minha, as pessoas julgam muito as coisas apenas chegando na metade do caminho. Leem o primeiro livro (ou nem sequer o terminam) e já se acham aptas para julgar a história tooooda.

Durante a saga, a autora vai explicando o porquê do Christian ser dominador. A história não é sobre machismo ou feminismo - eu pelo menos não o vejo assim. Vejo um homem que sofreu muito quando criança, sendo maltratado e apanhando bastante. Uma mãe que não tinha condições psicológicas para defender o filho. Isso foi tudo o que ele tinha e tudo o que ele aprendeu.

Os livros - por enquanto só li dois dos três - são justamente uma quebra desse esteriótipo de que mulher é a dominada e o homem o dominador. No primeiro livro Ana sofre bastante, pois Grey surge com contratos, acessórios para causar dor - e não prazer - e uma profunda dor que está marcada em todo o seu corpo e sua alma. Já no segundo, ele começa a entender que sua dor já pode ser deixada de lado para seguir em frente, em busca do amor e de um futuro ao lado de uma mulher linda, independente, forte e doce. 


Lembrando que o livro não é feito de homens dominadores como o Grey, e Anastasia não se apaixonou por ele pelo fato de ser dominador. Ou será que só rola química entre pessoas "não dominadoras"? Eu acho que as pessoas tem que aprender a percorrer todo o caminho. Tenho certeza que 80% das pessoas que estão falando e falando não passaram do primeiro livro. 

Lógico, você, e qualquer outra pessoa, tem o direito de ter achado chato, principalmente o primeiro livro porque realmente é monótono. Ou talvez não gostar de ver uma mulher sendo tratada da forma que ela foi até o finalzinho do primeiro livro. Mas isso vai mudando - para os dois lados - no decorrer da história. A palavra "saga" já diz tudo: não é feito de apenas um livro. Para mim, pecamos muito em não ouvir toda a história, por achar algo e passar esse "algo" como "verdadeiro" ou "irrevogável".

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