segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nem sal nem açucar




Ela não acreditava que estava no caminho certo. Na verdade ela nunca acreditou muito em si mesma.
Ele era um 'bad boy'. Encontrava em qualquer situação motivo para sempre ser o melhor.
Provavelmente num dia qualquer, ele conheceu ela. Eles estudavam e faziam o mesmo curso. Ele desblocado, pagava cadeiras atrasadas e, consequentemente acabou pegando o período dela. Olhou em seus olhos cor de mel e desejou nunca mais parar de olhar. Ela, como ainda não acreditava em si mesma, achou que era mais uma, e não queria ser 'menos uma'  em sua lista, já constatada.
No entanto, ele não queria mudar. Gostava do jeito que era. Mas será que esse amor por ele mesmo era maior do que "isso" que ele começava a sentir por ela?
A resposta veio com o tempo.
Ele, reparando que ela não era "igual as outras", e sim totalmente diferente, sua mente começou a - naturalmente - se adequar a seus sentimentos. Tomava cuidado ao fazer suas brincadeirinhas, praticamente não fazia mais piadinha de pessoas "diferentes" e começou a sentir (de verdade).
Ela, vendo que o olhar dele havia tomado um rumo diferente, começou a se olhar - de verdade. E afinal, o que via não era tão ruim assim. Seus olhos foram se adequando ao que estava sentindo.
Nada melhor que um final feliz, não? Não, final para quê? Se eles ainda não terminaram o curso e agora é que começaram a viver...


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