quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O caçador de igualdade


Influenciada por um livro (O caçador de pipas) que estou lendo nesse momento, comecei a pensar num tema muito difícil de ser abordado. Difícil pelo fato de que a maioria nega que esse vírus ainda exista. Vírus não é bem a palavra, porque vírus é contagioso se não me engano. E o preconceito não é contagioso coisíssima nenhuma. Ele existe, infelizmente, porém está nas mãos de cada um aderir a ele ou não.

O livro conta a história de dois garotos, Amir e Hassan, de classes e religiões diferentes. Passa-se no Afeganistão, ou melhor, num Afeganistão que pouco se conhece atualmente. Naquela época, exatamente em 1973 houve um golpe, dando fim ao reinado de mais de quarenta anos de Zahir Shah. Diferentes também quanto ao bom coração. Amir por ser filho de um homem tão poderoso e ocupado, tinha certo ar de superioridade, de deboche até. Gostava de fazer certas brincadeiras sem graça com os animais e inclusive com Hassir. Um exemplo era que como Hassir não sabia ler e também o significado de algumas palavras, muitas vezes Amir mentia e dizia que tal palavra era o inverso, como idiota que ele disse ser uma pessoa esperta. Maldade, vamos concordar...



Já Hassir, o garoto dos lábios leporinos (falha no lábio superior) como ele era conhecido, era um garoto simples. Filho do empregado da casa, um homem que não conseguia sorrir nem demonstrar qualquer sentimento fisicamente, pois tinha os nervos da face paralisados, Ali. No entanto Ali sorria com os olhos, demonstrava todo o afeto do mundo com o olhar. Amava aquele filho demais e Amir, por vezes sentia inveja de tal fato.
No decorrer do livro, acreditem em mim, vocês vão chorar, no mínimo se emocionar bastante. É uma história tocante, por mais que seja triste, repleta de verdades, e cheia de desafios não deixa de ser uma das melhores histórias que já li. A batalha da pipa azul mudará a vida de todos.. Ensinará o que é realmente importante nessa vida. Mas será que já não é tarde demais?
Por isso, digo a todos vocês, naquela época, havia regras e a cultura era bem diferente. Não servindo como desculpa para fazer a maldade. Imagine hoje em dia, que não se tem aquela forte diferença, quanto à cor, raça, nacionalidade, religião. Todos são um só. E todos tem em mãos o poder de tratar o próximo como gostaria de ser tratado.


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